O futuro da filosofia e o futuro da humanidade no mundo estão intimamente relacionados, não apenas no sentido óbvio de que todos os filósofos são animais “humanos, demasiado humanos” - isto é, membros da espécie biológica Homo sapiens, e também finito, falível e completamente normativo imperfeito em todos os outros aspectos - portanto, o destino natural de todos os animais humanos é também o destino natural de todos os filósofos, mas também no sentido mais profundo e sutil do que chamarei de futurismo filosófico.

O futurismo filosófico é uma reflexão crítica, sinóptica e especulativa sobre o destino da humanidade no mundo, com atenção especial dada não apenas ao que a humanidade no mundo (incluindo a própria filosofia) provavelmente será, se as coisas continuarem a avançar mais ou menos da mesma forma como têm sido e estão agora, ou poderiam concebivelmente ser, como na ficção científica ou outras formas de projeção imaginativa, mas também para o que a humanidade-no-mundo (incluindo a própria filosofia) deveria ser e, portanto (assumindo que “dever” implica “poder”) pode ser, como resultado direto de nossa livre agência individual e coletiva, com o propósito de guiar racionalmente a humanidade no futuro próximo.

Nesta apresentação apresentarei, defenderei e recomendarei fortemente uma versão do futurismo filosófico que chamo de futurismo kantiano.